Proibicionismo, cárcere e Covid-19:

como a pandemia alterou as dinâmicas de entrada de drogas no complexo prisional de Aparecida de Goiânia/GO

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Autores

  • Dr. Guilherme Borges Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia/GO https://orcid.org/0000-0002-5992-3251
  • Me. Joara de Paula Campos Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia/GO https://orcid.org/0000-0003-1731-9926
  • Profa. Dra. Franciele Silva Cardoso Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia/GO

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10515848%20

Palavras-chave:

Drogas, Proibicionismo, Tráfico de drogas, Sistema prisional, COVID-19

Resumo

Durante anos, drogas são utilizadas como moeda dentro das prisões, muitas vezes entregues por visitantes, principalmente mulheres com ligações afetivas com os presos. No entanto, a restrição de visitantes durante a pandemia de COVID-19 não impediu a entrada dessas substâncias nas prisões, apenas alterou as dinâmicas e os perfis dos envolvidos. O estudo em questão, analisou dados do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sobre gênero, estabelecimento penal, tipo e quantidade de drogas apreendidas e local de armazenamento ou transporte em crimes de tráfico e posse de drogas em 2020. Os resultados mostraram que as drogas eram frequentemente arremessadas por indivíduos não identificados, mas quando identificados, jovens do sexo masculino, incluindo adolescentes, foram os autores predominantes. Os resultados do estudo reforçam a perspectiva crítica de que as políticas proibitivas são ineficazes e ineficientes, uma vez que não conseguem impedir o uso e/ou a circulação de drogas, mesmo quando os indivíduos estão integralmente sob vigilância e monitoramento do Estado, como durante o período pandêmico, quando houve uma maior intensificação do isolamento das pessoas encarceradas em relação ao mundo externo.

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Biografia do Autor

Dr. Guilherme Borges , Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia/GO

Doutor em Sociologia, com Pós-Doutorado em Direitos Humanos, ambos pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Pesquisador vinculado ao Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP) e do Núcleo de Estudos sobre Criminalidade e Violência (NECRIVI/UFG). Lattes CV:  http://lattes.cnpq.br/9661353278418830        

Me. Joara de Paula Campos, Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia/GO

Doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Goiás (UFG),  Mestra em Genética pelo Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (IBB/UNESP) e Bacharel em Ciências Biomédicas pela UNESP. Perita Criminal da Superintendência da Polícia Técnico-Científica do estado de Goiás. Lattes CV: http://lattes.cnpq.br/7078814663839361 

Profa. Dra. Franciele Silva Cardoso , Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia/GO

Doutora em Direito Penal (USP), Mestre em Direito (USP) e Bacharel em Direito (USP). Pesquisadora do Núcleo de Estudos sobre Criminalidade e Violência (NECRIVI/UFG) e Professora adjunta da Universidade Federal de Goiás. Lattes CV: http://lattes.cnpq.br/3906911979682226

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

Borges, G., de Paula Campos, J., & Silva Cardoso, F. (2024). Proibicionismo, cárcere e Covid-19:: como a pandemia alterou as dinâmicas de entrada de drogas no complexo prisional de Aparecida de Goiânia/GO. Revista Brasileira De Ciências Criminais, 201(201), 257–282. https://doi.org/10.5281/zenodo.10515848

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