Proibicionismo, cárcere e Covid-19:
como a pandemia alterou as dinâmicas de entrada de drogas no complexo prisional de Aparecida de Goiânia/GO
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https://doi.org/10.5281/zenodo.10515848%20Palavras-chave:
Drogas, Proibicionismo, Tráfico de drogas, Sistema prisional, COVID-19Resumo
Durante anos, drogas são utilizadas como moeda dentro das prisões, muitas vezes entregues por visitantes, principalmente mulheres com ligações afetivas com os presos. No entanto, a restrição de visitantes durante a pandemia de COVID-19 não impediu a entrada dessas substâncias nas prisões, apenas alterou as dinâmicas e os perfis dos envolvidos. O estudo em questão, analisou dados do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia sobre gênero, estabelecimento penal, tipo e quantidade de drogas apreendidas e local de armazenamento ou transporte em crimes de tráfico e posse de drogas em 2020. Os resultados mostraram que as drogas eram frequentemente arremessadas por indivíduos não identificados, mas quando identificados, jovens do sexo masculino, incluindo adolescentes, foram os autores predominantes. Os resultados do estudo reforçam a perspectiva crítica de que as políticas proibitivas são ineficazes e ineficientes, uma vez que não conseguem impedir o uso e/ou a circulação de drogas, mesmo quando os indivíduos estão integralmente sob vigilância e monitoramento do Estado, como durante o período pandêmico, quando houve uma maior intensificação do isolamento das pessoas encarceradas em relação ao mundo externo.
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