Uma leitura anticolonial do positivismo criminológico:
entre a crítica criminológica e a resistência na diáspora negra
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positivismo criminológico, dominação colonial, colonialidade, criminologia crítica, pensamento social negroResumo
O artigo apresenta uma leitura do positivismo criminológico e compreende a relação metrópole-colônia desde a sua constituição enquanto saber branco, masculino e eurocentrado que municiou práticas de manutenção da situação colonial, tendo como alvo central em nosso continente o povo ladino-amefricano. A partir de um olhar que centraliza o racismo como organizador dessa ferramenta de produção e justificação de brutalidades propõe-se, em um primeiro momento, a mobilização da noção de colonialidade para contribuir com uma análise sobre as permanentes estratégias de classificação, hierarquização e extermínio que se reatualizam no Brasil, articulando contribuições da criminologia crítica e do pensamento social negro. Por fim, o trabalho aponta caminhos epistemológicos que foram construídos em diáspora desde fins do século XIX e conclui destacando o cruzamento de práticas e saberes de mulheres negras que criam possibilidades de leitura que expandem o leque epistemológico antipositivista.
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