Restorative justice in cases of domestic violence in Brazil: promises for women victims
Views: 155Keywords:
Justiça restaurativa, Violência doméstica, Justiça punitiva, Sistema de Justiça Criminal, Mulheres vítimasAbstract
The present work aims to outline the historical construction of restorative justice in Brazil, especially in the context of domestic violence against women, making it important for us to question its main aspects of differentiation from the traditional penal system. To this end, a bibliographic review was carried out, focusing on the critical theory of restorative justice, and documental analysis of official data on the implementation and evaluation of Brazilian Programs. It is concluded, preliminarily, that the promises of the new justice model indicate potentially relevant practices for the strengthening of women's rights and recognition of the violence suffered, with ample protagonism of the victims. However, there are also concrete risks on the horizon that can lead to situations of re-victimization, which must be treated as surmountable challenges.
Downloads
References
ACHUTTI, Daniel. Justiça restaurativa e abolicionismo penal: contribuições para um novo modelo de administração de conflitos no Brasil. São Paulo: Saraiva, 2016.
BARATTA, Alessandro. Proceso penal y realidade em la imputación de la responsabilidade penal. La vida y el laboratório del derecho. La Revista General de Derecho, Separata, Valencia, n. 531, diciembre, pp. 6655-6673, 1998.
BRAITHWAITE, John. Principles of restorative justice. In: Von HIRSCH, A.; ROBERTS, J., BOTTOMS, A.; ROACH, K., SCHIFF, M. (eds.). Restorative Justice & Criminal Justice: competing or reconcilable paradigms? Oxford and Portland: Hart Publishing, 2003, pp. 1-20.
BRAITHWAITE, John. Restorative justice and responsive regulation. Oxford: Oxford Press, 2002.
CAMPOS, C. H. de. Teoria crítica feminista e crítica à(s) criminologia(s): estudo para uma perspectiva feminista em criminologia no Brasil. 2013. 309f. Tese (Doutorado em Ciências Criminais) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
CARVALHO, Thiago F. de; ANGELO, Natieli G. de; BOLDT, Raphael. Criminologia crítica e justiça restaurativa no capitalismo periférico. São Paulo: Editora Tirant lo Blanch, 2019.
CELMER, Elisa Girotti. Feminismos, discurso criminológico e demanda punitiva: uma análise do discurso de integrantes das organizações não-governamentais Themis e JusMulher sobre a Lei 11.340/06. 2008. 164 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Emenda nº 1 de 31 de janeiro de 2013. Disponível em: https://www.conjur.com.br/dl/emenda-resolucao-125-2010-cnj.pdf. Acesso em: 17 de mai. de 2022.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Relatório Analítico Propositivo. Justiça pesquisa direitos e garantias fundamentais - entre as práticas retributivas e restaurativas: a Lei Maria da Penha e os avanços e desafios do Poder Judiciário. 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/. Acesso em: 16 de abr. de 2022.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Relatório Analítico Propositivo. Justiça pesquisa direitos e garantias fundamentais - pilotando a justiça restaurativa: o papel do poder judiciário. 2018a. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/. Acesso em: 10 mai. de 2022.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Resolução n. 125, de 29 de novembro de 2010. Dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2579. Acesso em: 17 mai. de 2022.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). Resolução n. 225, de 31 de maio de 2016. Dispõe sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/images/atos_normativos/resolucao/resolucao_225_31052016_02062016161414.pdf. Acesso em: 17 mai. de 2022.
CURTIS-FAWLEY, S; DALY, K. Gendered violence and restorative justice. Violence Against Women, Reino Unido, v. 11, ed. 5, pp. 603-638, 2005. Disponível em https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1077801205274488. Acesso em: 17 de mai. de 2022.
DALY, Kathleen. Sexual assault and restorative justice. In: STRANG, H; BRAITHWAITE, J. (eds). Restorative justice and Family Violence. Cambridge: Cambridge University Press, 2002, pp. 334-356.
FERREIRA, Guilherme Gomes. Vidas lixadas: crime e castigo nas narrativas das travestis e transexuais brasileiras. 1ª ed. Salvador, BA: Editora Devires, 2018.
FULCHIRON, Amandine. Actoras de cambio en Guatemala: poner el cuerpo y la vida de las mujeres en el centro de la justicia. In: AZKUE, Irantzu Mendia ; ORELLANA, Gloria Guzmán; LANDALUZE, Iker Zirion (eds.). Género y justicia transicional. Espanã: Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea, pp. 84-112, 2017.
GARAPON, Antoine; GROS, Frédéric; PECH, Thierry. Punir em democracia - e a justiça será. Lisboa: Instituto Piaget, 2001.
GIONGO, R.C.P. Justiça restaurativa e violência doméstica conjugal: aspectos da resolução do conflito através da mediação penal. 2009. 122 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais, PUCRS. Porto Alegre, 2009.
HUDSON, Barbara. Restorative justice and gendered violence: diversion or effective justice?. British Journal of Criminology, nº 42, pp. 616-634, 2002.
JACCOULD, Mylène. Princípios, tendências e procedimentos que cercam a justiça restaurativa. In: BASTOS, Márcio Thomaz; LOPES, Carlos; RENAULT, Sérgio Rabello Tamm (orgs.). Justiça restaurativa: coletânea de artigos. Brasília: MJ e PNUD, 2005, pp. 163-188.
JOHNSTONE, Gerry; VAN NESS, Daniel W. The meaning of restorative justice. In: JOHNSTONE, Gerry; VAN NESS, Daniel W. (ed.). Handbook of Restorative Justice. Cullompton, UK; Portland, USA: Willan Publishing, 2007, pp. 05-23.
LARRAURI, Elena. Justicia restauradora y violencia doméstica. In :LICERAS, Juan Soroeta (org.). Cursos de derechos humanos de Donostia-San Sebastián. v. 8. Espanã: Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea, pp. 119-136, 2007. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2594359. Acesso em: 16 de mai. de 2022.
MARSHALL, Tony. The evolution of Restorative Justice in Britain. European Journal on Criminal Policy Research, v. 4, n. 4. Heidelberg: Springer, pp. 21-43, 1996.
MENDES, Soraia da Rosa. Criminologia feminista: novos paradigmas. São Paulo: Saraiva, 2014.
MORRIS, Alisson. Criticando os críticos: uma breve resposta aos críticos da justiça restaurativa. In: SLAKMON, C. et al. (orgs.). Justiça restaurativa. Brasília – DF: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, 2005, pp. 439- 464.
PALLAMOLLA, Raffaela da Porciuncula. A construção da justiça restaurativa no Brasil e o protagonismo do Poder Judiciário: permanências e inovações no campo da administração de conflitos. 2017. 286f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, PUCRS. Porto Alegre, 2017. No prelo.
PALLAMOLLA, Raffaella da Porciuncula. Justiça restaurativa: da teoria à prática. São Paulo: IBCCRIM, 2009.
PELIKAN, Christa; HOFINGER, Veronika Hofinger. An interactional approach to desistance: expanding desistance theory based on the Austrian mediation practice in cases of partnership violence. Restorative Justice, v. 4, ed. 3, pp. 323-344, 2016.
PIRES, Álvaro P. A teoria da “racionalidade penal moderna” e os desafios da justiça juvenil. [Entrevista concedida a] Bruna Gisi, Juliana Tonche, Marcos Cesar Alvarez e Thiago Oliveira. PLURAL, Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 24, pp. 124-160, 2017.
PISANO, Margarita. El triunfo de la masculinidad. Santiago de Chile: Fem-e-libros/creatividad feminista, 2004.
ROSENBLATT, F; MELLO, M. M.P. O uso da Justiça restaurativa em casos de violência de gênero contra a mulher: potencialidades e riscos. In: OLIVEIRA, L. et al. (orgs.). Para além do Código de Hamurabi: estudos sociojurídicos. Recife: ALID, 2015, pp. 99-112.
TONCHE, J. A construção de um modelo “alternativo” de gestão de conflitos: usos e representações de justiça restaurativa no estado de São Paulo. 2015. 223 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, USP. São Paulo, 2015.
VITTO, Renato Campos de. Justiça criminal, justiça restaurativa e direitos humanos. In: BASTOS, Márcio Thomaz; LOPES, Carlos; RENAULT, Sérgio Rabello Tamm (orgs.). Justiça restaurativa: coletânea de artigos. Brasília: MJ e PNUD, 2005, pp. 41-52.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Os direitos autorais dos artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação.
Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Se não houver tal indicação, considerar-se-á situação de autoplágio.
Portanto, a reprodução, total ou parcial, dos artigos aqui publicados fica sujeita à expressa menção da procedência de sua publicação neste periódico, citando-se o volume e o número dessa publicação. Para efeitos legais, deve ser consignada a fonte de publicação original.