Racism, necropower and the normalization of police lethality

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Authors

  • Me. Larissa Karoline Pereira Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCAMP- Campinas/SP
  • Prof. Dr. Josué Mastrodi Neto Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCAMP- Campinas/SP https://orcid.org/0000-0003-4834-0170

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10724997%20

Keywords:

Human Rights, Necropolitics , Necropower, Racism, Police lethality

Abstract

Despite the fact that almost 134 years have passed since the abolition of slavery in Brazil, social inequalities are still largely caused by race: while they have less access to housing, jobs and education, blacks suffer to a much greater extent from marginalization, incarceration, police violence and homicides, especially among young people. This socially normalized violence allows us to hypothesize that there is no public interest in promoting rights or protecting black people; moreover, that there is a policy aimed at their subordination, characterizing black people as killable bodies, excluding them from public policies, as if they did not belong to society. This type of social practice promoted by State agencies is called necropolitics. This research aims to analyze necropolitics for black youth. We will seek to treat the concept of necropolitics, aiming to demonstrate that the State uses racism as a form of domination to determine life and death policies for the black population. The State makes itself present to blacks in the form of institutionalized oppression, especially in the form of the police. In the end, we intend to demonstrate that there is a lethality played by the State that, using biopower, exterminates black lives.

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Author Biographies

Me. Larissa Karoline Pereira, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCAMP- Campinas/SP

Atualmente é membro do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos e e Desenvolvimento Social (CNPq/PUC-Campinas) e da comissão da Revista Científica da PUC Campinas (Revista de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social). Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2022) e Especialista em "Educação em Direitos Humanos" pelo Instituto Federal de São Paulo (2022), Campus Piracicaba e Especialista em Advocacia Extrajudicial pela Faculdade Legale Educacional (MBA) em 2020. Na seara profissional é advogada autônoma atuante nas Comissões de Direitos Humanos e da Criança e do Adolescente da OAB Piracicaba - 8ª Subseção. Possui graduação em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba (2017). Como acadêmica do Curso de Direito atuou em projetos de extensão universitária assumindo a formação de agentes comunitários em Direitos Humanos e Justiça, dentre eles o Projeto RONDON. Estagiou na Justiça Federal de Piracicaba, Fórum Estadual de São Paulo, e Representação Jurídica da Caixa Econômica Federal.

Prof. Dr. Josué Mastrodi Neto, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCAMP- Campinas/SP

Professor Titular da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Direito (PPGD) da PUC-Campinas. Orientador de mestrado. Professor das disciplinas "Direito ao Desenvolvimento Social nas Ordens Internacional e Interna" e "Direito e Planejamento Urbano". Professor da disciplina 'Direito Administrativo' na Faculdade de Direito da PUC-Campinas. Doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo (2008). Bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (1994). Membro do grupo de pesquisa "Direito e Realidade Social" (CNPq/PUC-Campinas). Atua na linha de pesquisa "Direitos Humanos e Políticas Públicas", principalmente em temas envolvendo proteção e promoção de direitos sociais, com ênfase em Direito à Cidade, Orçamento e Políticas Públicas. Lattes CV: http://lattes.cnpq.br/6635472231072927

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Published

2024-06-25

How to Cite

Pereira, M. L. K., & Mastrodi Neto, P. D. J. (2024). Racism, necropower and the normalization of police lethality. Brazilian Journal of Criminal Science, 202(202), 247–269. https://doi.org/10.5281/zenodo.10724997

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