A monitoração eletrônica no âmbito jurídico-penal e os impactos na saúde dos sujeitos monitorados
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Monitoração eletrônica, Direitos Humanos, Desencarceramento, Saúde mental, Alternativas penaisResumen
O artigo aborda a monitoração eletrônica no âmbito jurídico-penal e os seus possíveis impactos na saúde dos sujeitos monitorados. A pesquisa, com viés qualitativo, teve como sujeitos os usuários de tornozeleiras eletrônicas vinculados a um dos Institutos Penais de Monitoração Eletrônica do Estado do Rio Grande do Sul. A medida de monitoração eletrônica começa a ser adotada, no país, com o escopo principal de reduzir os índices de encarceramento, face ao colapso do sistema penitenciário brasileiro, imerso em um estado de coisas inconstitucional reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal. Todavia, tal política tem produzido muitos questionamentos, sobretudo porque pode funcionar como uma nova forma de prisão extramuros produzindo maior estigma e, portanto, sofrimento aos grupos já vulnerabilizados e historicamente perseguidos prioritariamente pelo sistema punitivo nacional. Nesse sentido, a pesquisa avalia se a monitoração eletrônica tem se apresentado como uma alternativa ao cárcere ou se, pelo contrário, se afigura como uma medida que passa a compor o diagrama da punição no Brasil.
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