“A gente só não morre porque estamos a cuidar”: dores e afetos do aprisionamento sob a perspectiva da maternidade
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Prisão, Maternidade, Parentalidade, Cuidado, Dores do aprisionamentoResumen
Este texto trata das vivências que atravessam a prisão pela perspectiva da maternidade. Ele é fruto de pesquisa que teve como objetivo mapear as experiências e possibilidades de exercício da maternidade numa prisão de mulheres em Portugal. Para tanto, foi realizada etnografia em uma unidade materno infantil, com técnicas combinadas de observação participante, entrevistas, análise documental e projeção de filmes com grupos de conversa. A partir de dimensões como espaço, tempo, objetos, rotina, distância, nutrição, sustento e cuidado foram elaboradas as dores e afetos do aprisionamento presentes no cotidiano e nas histórias das interlocutoras da pesquisa. Discute-se como a experiência prisional, marcada pelos atravessamentos da maternidade, aprofunda hierarquias epistemológicas e políticas em torno da parentalidade na prisão.
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