O conceito de culpabilidade como circunstância judicial do artigo 59 do Código Penal

Vistas: 272

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.10515853

Palabras clave:

axioma empírico, circunstância judicial, culpabilidade, individualização da pena, semântica jurídica

Resumen

Não há consenso sobre o conceito de culpabilidade como circunstância judicial do artigo 59 do Código Penal, pois a doutrina e a jurisprudência brasileiras divergem sobre seu significado, seja o aproximando da noção de culpabilidade como elemento do delito (remetendo à ideia de um poder agir de outro modo), seja o aproximando da noção de culpabilidade para individualização da pena (remetendo à ideia de grau de reprovação da conduta). O presente artigo pretende oferecer uma resposta a esse problema, cuja solução passa pelo estudo dos significados que o termo “culpabilidade” adquire na dogmática estrangeira e pela análise dos fundamentos da individualização da pena, para, ao final, apresentar um conceito de culpabilidade como circunstância judicial apto a ser instrumentalizado na dinâmica de individualização da pena do sistema jurídico nacional.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Publication Facts

Metric
This article
Other articles
Peer reviewers 
2.4 promedio

Reviewer profiles  N/D

Author statements

Author statements
This article
Other articles
Data availability 
N/A
16%
External funding 
N/D
32% con financiadores
Competing interests 
N/D
11%
Metric
Para esta revista
Other journals
Articles accepted 
Artículos aceptados: 48%
33% aceptado
Days to publication 
414
145

Indexado: {$indexList}

Editor & editorial board
profiles
Editora: 
Editora Revista dos Tribunais (RT)

Biografía del autor/a

Fernando Bardelli Silva Fischer, Universidade Federal do Paraná - UFPR - Curitiba/PR

Doutorando e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Direito Penal e Criminologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) / Instituto de Criminologia e Política Criminal (ICPC). Especialista em Ciências Criminais pelo Centro Universitário Curitiba (UNICURITIBA). Professor de Direito Penal do Curso de Pós-graduação da Escola da Magistratura do Paraná (EMAP). Juiz de Direito na Comarca de Curitiba/PR (TJ-PR). Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/4996885196638598

 

Citas

ACHENBACH, Hans. Historische und dogmatische Grundlagen der strafrechtssystematischen Schuldlehre. Berlin: J. Schweitzer Verlag, 1974.

ASHWORTH, Andrew; VON HIRSCH, Andreas. Proportionate sentencing: exploring the principles. Oxford: Oxford University Press, 2005.

BELING, Ernst von. Esquema de derecho penal: la doctrina del delito-tipo. Trad. Sebastián Soler. Buenos Aires: El Foro, 2002.

BETTIOL, Giuseppe. Direito penal: parte geral. Trad. Edméia Gregório dos Santos. Campinas: Red Livros, 2000.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. Vol. 1. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.

BOSCHI, José Antonio Paganella. Das penas e seus critérios de aplicação. 6. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.

BUSATO, Paulo César. Direito penal: parte geral. 6. ed. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2022.

CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal: parte geral. Vol. 1. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

CARUNCHO, Alexey Choi; BERCLAZ, Márcio Soares. Culpabilidade. In: BUSATO, Paulo César (coord.) Teoria da pena. Curitiba: Juruá, 2014, pp. 57-69.

CARVALHO, Salo de. Penas e medidas de segurança no direito penal brasileiro: fundamentos e aplicação judicial. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

CEREZO MIR, José. Derecho penal, parte general. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Relatório GT: dosimetria da pena. Brasília: CNJ, 2022.

DAVIS, Michael. Criminal desert and unfair advantage: What's the connection? In: Law and Philosophy, Vol. 12, n. 2, May 1993, pp. 133-156.

DEMETRIO CRESPO, Eduardo. Prevención general e individualización judicial de la pena. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 1999.

DUFF, Robin Antony. Punishment, communication, and community. Oxford: Oxford University Press, 2001.

DWORKIN, Ronald. Taking rights seriously. Massachusetts: Harvard University Press, 1977.

FEIJOO SÁNCHEZ, Bernardo. Retribución y prevención general: un estudio sobre la teoría de la pena y las funciones del derecho penal. Buenos Aires: B de F, 2007.

FEINBERG, Joel. Harmless wrongdoing: the moral limits of the Criminal Law, Vol. 4. Oxford: Oxford University Press, 1990.

______. Harm to others. Oxford: Oxford University Press, 1984.

FEUERBACH, Paul Johann Anselm Ritter von. Lehrbuch des gemeinen in Deutschland gültigen peinlichen Rechts. Giessen: Georg Friedrich Heyer’s Verlag, 1847.

______. Revision der Grundsätze und Grundbegriffe des positiven peinlichese Rechts. Vol. 2. Erfurt: Henningschen Buchhandlung, 1799.

FISCHER, Fernando Bardelli Silva. Individualização comunicativa da pena. São Paulo: Tirant lo Blanch, 2023.

______. Ausência de bis in idem na valoração dos elementos do delito para individualização da pena. In: Revista Judiciária do Paraná, n. 20, 2020, pp. 79-96.

FLETCHER, George P. The grammar of criminal law: American, comparative, and international. Volume one: foundations. Oxford: Oxford University Press, 2007.

FRANK, Reinhard. Sobre la estructura del concepto de culpabilidade. Trad. Gustavo Eduardo Aboso e Tea Löw. Montevideo/Buenos Aires: B de F, 2004.

GALVÃO, Fernando. Aplicação da pena. Belo Horizonte: Del Rey, 1995.

GOLDSCHMIDT, James. La concepción normativa de la culpabilidad. 2. ed. Trad. Margarethe de Goldschmidt e Ricardo C. Núñez. Buenos Aires: B de F, 2002.

GOMES, Luiz Flávio; GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antonio. Direito penal: parte geral. Vol. 2. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

GROSSE-WILDE, Thomas. Erfolgszurechnung in der Strafzumessung: Die verschuldeten Auswirkungen der Tat gemäß § 46 Abs. 2 StGB in einer regelgeleiteten Strafmaßlehre. Tübingen: Mohr Siebeck, 2017.

HART, Herbert Lionel Adolphus. Punishment and responsibility: essays in the philosophy of law. 2. ed. Oxford: Oxford Press, 2008.

HASSEMER, Winfried. Fundamentos del derecho penal. Trad. Francisco Muñoz Conde e Luis Arroyo Zapatero. Barcelona: Bosch, 1984.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Princípios da filosofia do direito. Trad. Orlando Vitorino. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

HEMPEL, Carl Gustav; OPPENHEIM, Paul. Der Typusbegriff im Lichte der neuen Logik. Leiden: A. W. Sijthoff’s Uitgeversmaatschappij N. V., 1936.

HÖRNLE, Tatjana. Determinación de la pena y culpabilidad: notas sobre la teoría de la determinación de la pena en Alemania. Buenos Aires: FD Editor, 2003.

IHERING, Rudolf von. El fin en el derecho. Trad. Leonardo Rodríguez. Madrid: B. Rodrígues Serra, 1911.

JAREBORG, Nils; VON HIRSCH, Andreas. Gauging crime seriousness: a ‘living standard’ conception of crime harm. In: ASHWORTH, Andrew; VON HIRSCH, Andreas. Proportionate sentencing: exploring the principles. Oxford: Oxford University Press, 2005, pp. 186-219.

JESUS, Damásio E. Direito penal: parte geral. Vol. 1. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

KANT, Immanuel. Metafísica dos costumes. Trad. Clélia Aparecida Martins, et al. Rio de Janeiro: Vozes, 2013.

LISZT, Franz von. Tratado de derecho penal. Tomo II. Madrid: Instituto Editorial Reus, 1917.

LYRA, Roberto. Comentários ao código penal: Vol. II. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1958.

MAURACH, Reinhart. Tratado de derecho penal. Trad. Juan Cordoba Roda. Barcelona: Ariel, 1962.

MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direito penal: parte geral. Vol. 1. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MORRIS, Herbert. Persons and punishment. In: The monist, Vol. 52, n. 4, October 1968, pp. 475-501.

NIETZSCHE, Friedrich. Zur Genealogie der Moral. In: Gesammelte Werke. Köln: Anaconda, 2014, pp. 615-737.

NUCCI, Guilherme de Souza. Individualização da pena. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

PERŠAK, Nina. Using “quality of life” to legitimate criminal law intervention: gauging gravity, defining disorder. In: SIMESTER, A. P.; BOIS-PEDAIN, Antje du; NEUMANN, Ulfrid (Ed.). Liberal criminal theory: essays for Andreas von Hirsch. Oxford: Hart Publishing, 2016, pp. 225-245.

PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, p. 456.

REALE JÚNIOR, Miguel; DOTTI, René Ariel; ANDREUCCI, Ricardo Antunes; PITOMBO, Sergio M. de Moraes. Penas e medidas de segurança no novo código. Rio de Janeiro: Forense, 1987.

SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito penal: parte geral. 3. ed. Curitiba: Lumen Juris, 2008.

SMITH, Adam. Lectures on jurisprudence. Indianapolis: Liberty Fund, 1992.

SOUZA, Paulo S. Xavier de. Individualização da pena: no estado democrático de direito. Porto Alegre: Fabris, 2006.

SPENDEL, Günter. Zur Lehre vom Strafmaß. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1954.

STOCO, Tatiana de Oliveira. Culpabilidade e medida da pena: uma contribuição à teoria de aplicação da pena proporcional ao fato. São Paulo: Marcial Pons, 2019.

TAVARES, Juarez. Culpabilidade e individualização da pena. In: BATISTA, Nilo; NASCIMENTO, André (Org.). Cem anos de reprovação: uma contribuição transdisciplinar para a crise da culpabilidade. Rio de Janeiro: Revan, 2011, pp. 121-152.

TEIXEIRA, Adriano. Teoria da aplicação da pena: fundamentos de uma determinação judicial da pena proporcional ao fato. São Paulo: Marcial Pons, 2015.

VON HIRSCH, Andreas. Deserved criminal sentences. Oxford: Bloomsbury, 2017.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. In: Tratado lógico-filosófico / Investigações filosóficas. Trad. M. S. Lourenço. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro: parte geral. Vol. 1. 9. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

Publicado

2024-06-18

Cómo citar

Bardelli Silva Fischer, F. (2024). O conceito de culpabilidade como circunstância judicial do artigo 59 do Código Penal. Revista Brasileña De Ciencias Penales, 201(201), 121–141. https://doi.org/10.5281/zenodo.10515853