Racismo algorítmico, reforço de preconceitos e uso de IA: perspectivas e desafios para a investigação criminal digital

Visualizações: 1007

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.11175558

Palavras-chave:

Racismo Algorítmico, Inteligência Artificial, Investigação Criminal Digital, Desafios Tecnológicos na Justiça, Preconceitos e Estigmas

Resumo

Este artigo explora a dualidade da inteligência artificial (IA) no campo da investigação criminal, destacando tanto o seu potencial transformador como os desafios significativos que apresenta, especialmente no que diz respeito ao reforço de preconceitos e à emergência do racismo algorítmico. Com a crescente adoção de sistemas de IA, torna-se imperativo direcionar esses avanços tecnológicos para o reforço dos princípios democráticos, examinando criticamente as perspectivas de utilização da IA pela polícia. Este trabalho tem como objetivo identificar e analisar manifestações de racismo algorítmico e preconceitos reforçados por tecnologias de IA na investigação criminal. Ao abordar essas questões, procura contribuir para o debate sobre como superar esses desafios, promovendo uma prática investigativa que respeite e proteja os direitos fundamentais dos indivíduos, ao mesmo tempo que aproveita os benefícios da inovação tecnológica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Me. Anderson de Andrade Bichara, Universidad Católica de Ávila - UCAV - Espanha

Mestre em Criminología Aplicada y Investigación Policial (UCAV-Espanha, 2023). Delegado da Secretaria Executiva da AMERIPOL. Delegado de Polícia Federal. Lattes CV: http://lattes.cnpq.br/3648943527323618

Me. Agostinho Gomes Cascardo Junior, Universidade Aberta - UAb - Portugal

Cursando Doutorado em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento (UAb-Portugal). Mestre em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica (UNL-Portugal, 2020). Adido Policial do Brasil na Bolívia. Delegado de Polícia Federal. Lattes CV: https://lattes.cnpq.br/8536086575223316

Dr. Franco Perazzoni, Universidade Aberta - UAb - Portugal

Doutor em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento (UAb-Portugal, 2021). Mestre em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica (UNL-Portugal, 2012). Mestre em Alta Dirección en Seguridad Internacional (UCM3-Espanha, 2023). Lattes CV: http://lattes.cnpq.br/3027574581399092

Referências

Barroso, L. R. (2023). Curso de Direito Constitucional Contemporâneo (11th ed.). Saraiva Jur.

Benjamin, R. (2019). Race After Technology: Abolitionist Tools for the New Jim Code (1st ed.). Polity.

Berk, R., Heidari, H., Jabbari, S., Kearns, M., & Roth, A. (2021). Fairness in Criminal Justice Risk Assessments: The State of the Art. Sociological Methods & Research, 50(1), 3–44. https://doi.org/10.1177/0049124118782533

Bichara, A. de A., & Cascardo Jr, A. G. (2023, May). Inquérito Policial e Proibição de Viés de Confirmação. Jus.Com.Br. https://jus.com.br/artigos/104335/inquerito-policial-e-proibicao-de-vies-de-confirmacao-rebatendo-mitos-historico-doutrinarios-com-base-na-constituicao-e-em-tratados-internacionais

Brahan, J. W., Lam, K. P., Chan, H., & Leung, W. (1998). AICAMS: artificial intelligence crime analysis and management system. Knowledge-Based Systems, 11(5–6), 355–361. https://doi.org/10.1016/S0950-7051(98)00064-1

Constituição da República Federativa do Brasil, (1988) (testimony of Brasil). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm

Buolamwini, J., & Gebru, T. (2018). Gender Shades: Intersectional Accuracy Disparities in Commercial Gender Classification. Proceedings of Machine Learning Research, 81, 1–15. https://proceedings.mlr.press/v81/buolamwini18a/buolamwini18a.pdf

Felzmann, H., Fosch-Villaronga, E., Lutz, C., & Tamò-Larrieux, A. (2020). Towards Transparency by Design for Artificial Intelligence. Science and Engineering Ethics, 26(6), 3333–3361. https://doi.org/10.1007/s11948-020-00276-4

Hany Shaban Elanany, A. E. M. E. (2023). The Use of Artificial Intelligence in Investigating, Combating and Predicting Various Crimes through Understanding the Psychology of Perpetrators. Journal for ReAttach Therapy and Developmental Diversities, 6(10), 303–316. https://jrtdd.com/index.php/journal/article/view/1110

Johnson, G. M. (2021). Algorithmic bias: on the implicit biases of social technology. Synthese, 198(10), 9941–9961. https://doi.org/10.1007/s11229-020-02696-y

Kaplan, A., & Haenlein, M. (2019). Siri, Siri, in my hand: Who’s the fairest in the land? On the interpretations, illustrations, and implications of artificial intelligence. Business Horizons, 62(1), 15–25. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2018.08.004

Larsson, S., & Heintz, F. (2020). Transparency in artificial intelligence. Internet Policy Review, 9(2). https://doi.org/10.14763/2020.2.1469

Milgram, S. (1974). Obedience to Authority: An Experimental View (1st ed.). Harper & Row.

O’Neil, C. (2017). Weapons of Math Destruction: How Big Data Increases Inequality and Threatens Democracy (1st ed.). Crown.

Saura, J. R., Ribeiro-Soriano, D., & Palacios-Marqués, D. (2022). Assessing behavioral data science privacy issues in government artificial intelligence deployment. Government Information Quarterly, 39(4), 101679. https://doi.org/10.1016/j.giq.2022.101679

Downloads

Publicado

2024-06-04

Como Citar

Bichara, A. A., Cascardo Jr., A. G., & Perazzoni, F. (2024). Racismo algorítmico, reforço de preconceitos e uso de IA: perspectivas e desafios para a investigação criminal digital. Boletim IBCCRIM, 32(379), 23–26. https://doi.org/10.5281/zenodo.11175558

Edição

Seção

Dossiê: Desafios Atuais da Investigação Criminal para a Polícia

Métricas