The criminology of harm and a look at the pain in time in confronting violence committed against women

Views: 7

Authors

  • Luanna Tomaz de Souza Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUCRio, Brasil.
  • Ricardo Dib Táxi Universidade Federal do Pará, UFPA, Brasil.

Keywords:

Suffering, Violence, Time, Slowness

Abstract

This article aims to reflect on the temporality of suffering in the lives of women who face a situation of violence in the criminal justice system and the need for a criminological look at these dimensions of harm. The contradictions of these temporalities with the legal-procedural dynamics and the narratives printed in these spaces are analyzed. It can be observed how the temporalization carried out by law often produces a second form of violence and, thus, forces women to infinitely relive that violence and imposes a tortuous wait that brings new dynamics of suffering. It is essential to epistemologically reposition the criminological look at the various damages produced, such as time, going beyond the crime and the people who committed it.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Luanna Tomaz de Souza, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUCRio, Brasil.

Pós-doutora em Direito pela PUCRio. Doutora em Direito pela Universidade de Coimbra. Professora da Faculdade de Direito, do Programa de Pós-Graduação em Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito e Desenvolvimento da Amazônia da UFPA. Advogada.

Ricardo Dib Táxi, Universidade Federal do Pará, UFPA, Brasil.

Doutor em Direito pela UFPA, com período sanduíche na Birkbeck College - University of London. Professor da Faculdade de Direito, do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPA.

References

ACAYABA, Cíntia; ARCOVERDE, Léo. Assassinatos de negros aumentam 11,5% em dez anos e de não negros caem 12,9% no mesmo período, diz Atlas da Violência. G1, 27 ago. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/08/27/assassinatos-de-negros-aumentam-115percent-em-dez-anos-e-de-nao-negros-caem-129percent-no-mesmo-periodo-diz-atlas-da-violencia.ghtml. Acesso em: 12 abr. 2022.

BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do direito penal. Rio de Janeiro: Revan, 2011.

BRASIL. Lei Maria da Penha, Lei 11.340 de 7 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em: 4 maio 2022.

BUDÓ, Marília de Nardin. Danos silenciados: a banalidade do mal no discurso científico sobre o Amianto. Revista Brasileira de Direito, Passo Fundo, v. 12, n. 1, p. 127-140, jun. 2016. ISSN 2238-0604. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistadedireito/article/view/1281. Acesso em: 15 mar. 2021.

BUTLER, Judith. Caminhos Divergentes: Judaicidade e crítica do sionismo. Trad. Rogério Bettoni, São Paulo: Boitempo, 2017.

CAV – CLÍNICA DE ATENÇÃO À VIOLÊNCIA. Relatório anual. CAV, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020.

CNJ - CONSELHO NACIONAL DA JUSTIÇA. Justiça em números 2018, Ano-base 2017. CNJ, Brasília, 2018. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/justica-em-numeros/. Acesso em: 10 abr. 2022.

DAS, Veena. El acto de presenciar. Violencia, conocimiento envenenado y subjetividad. In: ORTEGA, Francisco (Org.). Veena Das: sujetos del dolor, agentes de dignidad. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia, 2008. p. 343- 374.

FLAUZINA, Ana Luiza P.; FREITAS, Felipe S. Do paradoxal privilégio de ser vítima: terror de Estado e a negação do sofrimento negro no Brasil. RBCCrim – Revista IBCCRIM, v. 1, n. 135, p. 15-32, 2017.

GARLAND, David. The Culture of Control: Crime and Social Order in Contemporary Society. Chicago: The University of Chicago Press, 2001.

LEAL, Jackson da Silva. Uma Razoável Quantidade de Violência: A Aceitação Das Prisões Como Síntese Da Atual Sensibilidade Acerca da Violência. Revista Brasileira de Segurança Pública. São Paulo v. 15, n. 1, 58-73 fev./mar. 2021.

MALIA, Ashley. A cor da violência: mulheres negras sofreram 73% dos casos de violência sexual no Brasil em 2017, diz estudo. A Tarde, 05 mar. 2020. Disponível em: https://atarde.com.br/bahia/a-cor-da-violencia-mulheres-negras-sofreram-73-dos-casos-de-violencia-sexual-no-brasil-em-2017-diz-estudo-1112099. Acesso em: 12 abr. 2022.

MANTELLI, Gabriel Antonio Silveira; ALMEIDA, Júlia de Moraes. Descolonizar e deslocalizar radicalidades contra-jurídicas. Boletim IBCCRIM. Ano 29, n. 339, p. 4, fev. 2021.

MICHALOWSKI, Raymond. In search of ‘state and crime’ in state crime studies. In: CHAMBLISS; William J.; MICHALOWSKI, Raymond; KRAMER, Ronald (eds.) State Crime in Global Age. Devon-UK: Willan, 2010. p. 13-30.

MULHERES negras são alvo de dois terços da violência obstétrica no Brasil. OAB Ponta Grossa, 20 nov. 2020. Disponível em: http://site.oabpg.org.br/mulheres-negras-sao-alvo-de-dois-tercos-da-violencia-obstetrica-no-brasil/. Acesso em: 12 abr 2022.

PASSETI, Edson. Curso livre de abolicionismo penal. 2 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2012.

SANTOS, José Vicente Tavares. Violências e dilemas do controle social nas sociedades da “modernidade tardia”. São Paulo em Perspectiva, v. 18, n. 1, p. 3-12, 2004.

SOUZA, Luanna Tomaz de. Uma autoetnografia da formação para assistência jurídica às mulheres em situação de violência na UFPA. Revista de Pesquisa e Educação Jurídica. v. 7. n. 2. p. 01 –20. Jul/Dez.2021

SOUZA, Luanna Tomaz de. Da expectativa à realidade: A aplicação das sanções na Lei Maria da Penha. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.

SOUZA, Luanna Tomaz de; Ricardo Dib Táxi. Quanto tempo o tempo tem para as mulheres que sofrem violência e enfrentam o sistema de justiça? Revista de Estudos Criminais, Ano 20, n. 82, p. 170-185, Jul./Set. 2021.

VELASCO, Clara; GRANDIN, Felipe; CAESAR, Gabriela; e REIS, Thiago. Mulheres negras são as principais vítimas de homicídios; já as brancas compõem quase metade dos casos de lesão corporal e estupro. G1, 16 set. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/09/16/mulheres-negras-sao-as-principais-vitimas-de-homicidios-ja-as-brancas-compoem-quase-metade-dos-casos-de-lesao-corporal-e-estupro.ghtml. Acesso em: 12 abr. 2022.

Published

2024-07-24

How to Cite

Tomaz de Souza, L., & Dib Táxi, R. (2024). The criminology of harm and a look at the pain in time in confronting violence committed against women. Boletim IBCCRIM, 30(355), 4–6. Retrieved from https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/1478

Metrics