“A gente combinamos de não morrer”:
tecnologias, movimentos sociais e o genocídio negro brasileiro
Vistas: 280Palabras clave:
Genocídio negro;, Tecnologia;, Segurança Pública;, Política Criminal;, Direitos HumanosResumen
Esse artigo tem o objetivo de constatar o genocídio negro brasileiro e o punitivismo assassino da política criminal brasileira, demonstrando que as tecnologias, como armas não letais (a exemplo dos tasers) e câmeras individuais ou, principalmente, as redes sociais e as ferramentas de transparência online, em conjunto dos movimentos sociais, são formas essenciais para mitigação desse genocídio, restando provada sua influência no accountability das forças policiais por meio de provas dos abusos e violências cometidos por agentes do Estado.
Descargas
Publication Facts
Reviewer profiles N/D
Author statements
- Academic society
- Instituto Brasileiro de Ciências Criminais
- Editora:
- IBCCRIM
Citas
ADPF DAS FAVELAS. Home. Disponível em: https://www.adpfdasfavelas.org. Acesso em: 04 set. 2022.
ALMEIDA, Sílvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Jandaíra, 2021.
BATISTA, Nilo. Política criminal com derramamento de sangue. Revista Discursos Sediciosos: crime, direito e sociedade, Instituto Carioca de Criminologia. v. 5/6. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1998.
BATISTA, Vera Malaguti. Estado de polícia. In: KUCINSKI, Bernardo et al. Bala perdida: a violência policial no Brasil e os desafios para a sua superação. São Paulo: Boitempo, 2015.
BETIO, Alisson Dagostin de. A utilização da tecnologia não letal TASER na atividade policial militar à luz dos direitos humanos. 2014, 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2014.
CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005, 339 f. Tese (Doutorado em Educação) – Pós-Graduação em Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
CARVALHO, Glauco Silva de. Tecnologia e atividade policial: a colocação obrigatória de câmeras em 18 Batalhões da PM paulista, nos meses de maio e junho, resultou em queda de 54% nas ocorrências de resistência seguida de morte. Fonte Segura, ed. 102, 2021. Disponível em: https://fontesegura.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/10/Ed_102_Politica_e_Policia_Tecnologia_e_atividade_policial.pdf. Acesso em: 17 jan. 2022.
EL PAÍS. O que Bolsonaro já disse de fato sobre mulheres, negros e gays. El País/Brasil, 07 out. 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/06/politica/1538859277_033603.html. Acesso em: 04 set. 2022.
EVARISTO, Conceição. A gente combinamos de não morrer. In: EVARISTO, Conceição. Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016. p. 62-68.
FENAJUD. Um jovem negro é assassinado a cada 23 minutos no Brasil, denunciam entidades. FENAJUD, 20 maio 2020. Disponível em: https://fenajud.org.br/?p=8060. Acesso em: 04 set. 2022.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (FBSP). Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021. Ano 15, São Paulo, 2021. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/anuario-brasileiro-seguranca-publica. Acesso em: 04 set. 2022.
FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro. Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado Brasileiro. 2006, 145 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2006.
FLORES, Tarsila. Mãos na cabeça! De joelhos! Genocídio negro, necropolitica e o Estado Brasileiro. In: SILVA, Altina Abadia da Silva; KUNZ, Sidelmar Alves da Silva Kunz (org.). Direitos Humanos e educação. Uberlândia: Culturatrix, 2018. p. 210-226.
GARCIA, Rafael de Deus. O uso da tecnologia e a atualização do modelo inquisitorial: gestão da prova e violação de direitos fundamentais na investigação policial na política de drogas. 2015, 222 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
GASPAR, Gabriel Rocha; OLIVEIRA, Vanessa. Brancos, sangrem conosco. In: OLIVEIRA, Vanessa et al. De bala em prosa: vozes da resistência ao genocídio negro. São Paulo: Elefante, 2020. p. 8-16.
GÓES, Luciano. Corpos negros, prisões brancas: rediscutindo a periculosidade com o criminólogo (?) Frantz Fanon. In: MAGNO, Patrícia Carlos; PASSOS, Rachel Gouveia (org.). Direitos humanos, saúde mental e racismo: diálogos à luz do pensamento de Frantz Fanon. Rio de Janeiro: Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, 2020. p. 156-170.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA). FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Atlas da Violência 2020. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020. Acesso em: 04 set. 2022.
LORENZI, Leonardo Queiroz. Câmeras policiais individuais e o controle da atividade policial. 2021, 56 f. (Bacharelado em Direito) – Faculdade de Direito, Centro Universitário Curitiba, Curitiba, 2021.
MACAULAY, Fiona. Parcerias entre Estado e Sociedade Civil para promover a segurança do cidadão no Brasil Sur. Revista Internacional de Direitos Humanos, v. 2, n. 2, p. 146-173, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sur/a/P93wKHTJrb4TnD7sHCt4Mpf/?lang=pt. Acesso em: 04 set. 2022.
MATTOS, Geísa. Flagrantes de racismo: imagens da violência policial e as conexões entre o ativismo no Brasil e nos Estados Unidos. Revista de Ciências Sociais (UFC), v. 48, n. 2, p. 185-217, jul./dez. 2017.
MARTINS, Daniel Fauth Washington. A negação da riqueza subjetiva como base epistemológica de construção do negro matável. IBCCRIM, 31 jul. 2017. Disponível em: https://www.ibccrim.org.br/noticias/exibir/6732. Acesso em: 04 set. 2022.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1 edições, 2018a.
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: n-1 edições, 2018b.
MOREIRA, Adilson José. Pensando como um negro: ensaio de hermenêutica jurídica. São Paulo: Contracorrente, 2019.
MORGADO, Maria Aparecida. A lei contra a justiça: um mal estar na cultura brasileira. Brasília, DF: Plano Editora, 2001.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectivas, 2016.
SANDES, Wilquerson Felizardo. Uso não-letal da força na ação policial: formação, tecnologia e intervenção governamental. Revista Brasileira de Segurança Pública, Ano 1, 2 ed., 2007.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los derechos de autor de los artículos publicados pertenecen al autor, pero con los derechos de la revista sobre la primera publicación y respetando el periodo de exclusividad de un año. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente esta revista como medio de la publicación original. Si no existe tal indicación, se considerará una situación de autoplagio.
Por tanto, la reproducción, total o parcial, de los artículos aquí publicados queda sujeta a la mención expresa del origen de su publicación en esta revista, citando el volumen y número de la misma. A efectos legales, deberá consignarse la fuente de la publicación original, así como el enlace DOI de referencia cruzada (si lo hubiera).