“A gente combinamos de não morrer”:

tecnologias, movimentos sociais e o genocídio negro brasileiro

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Palavras-chave:

Genocídio negro;, Tecnologia;, Segurança Pública;, Política Criminal;, Direitos Humanos

Resumo

Esse artigo tem o objetivo de constatar o genocídio negro brasileiro e o punitivismo assassino da política criminal brasileira, demonstrando que as tecnologias, como armas não letais (a exemplo dos tasers) e câmeras individuais ou, principalmente, as redes sociais e as ferramentas de transparência online, em conjunto dos movimentos sociais, são formas essenciais para mitigação desse genocídio, restando provada sua influência no accountability das forças policiais por meio de provas dos abusos e violências cometidos por agentes do Estado.  

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Biografia do Autor

Rebeca Gripp Couto de Mello, Universidade Federal de Santa Catarina - Florianópolis/SC

Estudante de Direito na UFSC. Especialista certificada em língua inglesa. Associada IBCCRIM.

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Publicado

2023-04-08

Como Citar

Gripp Couto de Mello, R. (2023). “A gente combinamos de não morrer”: : tecnologias, movimentos sociais e o genocídio negro brasileiro. Boletim IBCCRIM, 31(365), 10–13. Recuperado de https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/466

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