Justiça sem processo? O acordo de não persecução penal como possível instrumento político-criminal

Vistas: 115

Autores/as

  • Marco Aurélio Nunes da Silveira UFPR

Palabras clave:

Acordo de não persecução penal, Direito processual penal, Práticas restaurativas, Política criminal, Reformas de justiça criminal

Resumen

O acordo de não persecução penal (ANPP), introduzido no ordenamento processual penal brasileiro em 2019, se apresenta como um instituto hibridizado, que guarda características inerentes à barganha judicial, fundadas na concepção essencialmente punitiva do sistema penal, ainda predominante no Brasil, além de elementos típicos das saídas alternativas ao processo e à pena, potencialmente adequados ao paradigma restaurativo de justiça criminal. Diante disso, propõe-se interpretação jurídica alternativa, capaz de ressaltar o segundo aspecto, com a finalidade de inserir o ANPP no contexto da adoção de um projeto político criminal democrático.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Publication Facts

Metric
This article
Other articles
Peer reviewers 
2.4 promedio

Reviewer profiles  N/D

Author statements

Author statements
This article
Other articles
Data availability 
N/A
16%
External funding 
N/D
32% con financiadores
Competing interests 
N/D
11%
Metric
Para esta revista
Other journals
Articles accepted 
Artículos aceptados: 48%
33% aceptado
Days to publication 
821
145

Indexado: {$indexList}

Editor & editorial board
profiles
Editora: 
Editora Revista dos Tribunais (RT)

Citas

ANYIAR DE CASTRO, Lola. Criminología de los derechos humanos: criminología axiológica como política criminal. Buenos Aires: Del Puerto, 2010;

BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do direito penal. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revan, 1999;

__________. Defesa dos direitos humanos e política criminal. In: Discursos Sediciosos, a. 2, n. 3. Instituto Carioca de Criminologia. Rio de Janeiro: Revan, 1997, p. 57-69;

BINDER, Alberto. Análisis político criminal: bases metodológicas para una política criminal minimalista y democrática. Bogotá: Astrea, 2012;

________. Elogio de la audiencia oral y otros ensayos. Monterrey: Poder Judicial del Estado de Nuevo León, 2014;

________. La nueva justicia penal de América Latina: etapas y desarrollo del proceso de cambio. Buenos Aires: Ad-Hoc, 2019;

BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 10.372, de 06 de junho de 2018. Brasília, DF, 2018.

_______. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária, 2020-2023. Brasília, DF, 2019

CALAMANDREI, Piero. La relatività del concetto di azione. In: Rivista di diritto processuale civile, Pádua, v. XVI, parte I, 1939;

CORDERO, Franco. Procedura penale. Milão: Giuffrè, 1966;

GÓES, Luciano. A “tradução” de Lombroso na obra de Nina Rodrigues: o racismo como base estruturante da criminologia brasileira. Rio de Janeiro: Revan, 2016;

GOLDSCHMIDT, James. Problemas jurídicos y políticos del processo penal. Barcelona: Bosch, 1935;

GONZÁLEZ POSTIGO, Leonel. La reforma procesal penal en Latinoamérica. In: AA. VV. Evaluación de la implementación del sistema penal acusatorio en Panamá. UNODC-CEJA, 2015;

___________________. Pensar na reforma judicial no Brasil: conhecimento teórico e práticas transformadoras. Florianópolis: Empório do Direito, 2018;

HULSMAN, Louk; DE CELIS, Jacqueline Bernat. Penas perdidas: o sistema penal em questão. 2ª ed. Niterói: LUAM, 1997;

ILANUD. Relatório de Pesquisa: a Lei de Crimes Hediondos como instrumento de política criminal. São Paulo, julho de 2005;

LOMBROSO, Cesare. L’uomo delinquente in rapporto all’antropologia, alla giurisprudenza ed alle discipline carcerarie, vol. III.5ª ed. Turim: Fratelli Bocca, 1897;

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÙBLICA. Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária (2020-2023). Brasília, 2019;

MIRANDA COUTINHO, Jacinto Nelson. A lide e o conteúdo do processo penal. Curitiba: Juruá, 1989;

NINA RODRIGUES, Raimundo. As raças humanas e a responsabilidade penal no Brasil, Rio de Janeiro: Edelstein, 2011;

NUNES DA SILVEIRA, Marco Aurélio A ação processual penal entre política e constituição: outra teoria para o direito processual penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014;

_____________________. Por uma teoria da ação processual penal. Curitiba: Observatório da Mentalidade Inquisitória, 2018;

_____________________. O princípio da obrigatoriedade da ação processual penal em seu confronto com a realidade: o processo acusatório e os desafios político-criminais. In: MADEIRA DEZEM, Guilherme; BADARÓ, Gustavo Henrique; SCHIETTI CRUZ, Rogério. Código de processo penal: estudos comemorativos aos 80 anos de vigência. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021;

PRANIS, Kay. Processos circulares de construção de paz. São Paulo: Palas Athena, 2010;

RÍO NEGRO (Argentina). Ley n. 5.020/2014 (Codigo Procesal Penal). Legislatura de Río Negro, 2015.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. Criminología: aproximación desde un margen. Bogotá: Temis, 1988;

___________. En busca de las penas perdidas. Buenos Aires: Ediar, 1989.

___________; BATISTA, Nilo et al. Direito penal brasileiro: teoria geral do direito penal, vol. I. 4ª ed. Rio de Janeiro: Revan, 2015;

ZEHR, Howard. Trocando as lentes: justiça restaurativa para o nosso tempo. São Paulo: Palas Athena, 2008.

Publicado

2024-07-11

Cómo citar

Nunes da Silveira, M. A. (2024). Justiça sem processo? O acordo de não persecução penal como possível instrumento político-criminal. Revista Brasileña De Ciencias Penales, 191(n. 191), 305–327. Recuperado a partir de https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/RBCCRIM/article/view/206