“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”
colonialidade do poder punitivo e a produção da morte no cárcere
Vistas: 751Palabras clave:
Necropolítica, Encarceramento em massa, Relações etnorraciaisResumen
O presente texto busca refletir sobre a concentração de corpos negros e pardos no sistema carcerário sob o prisma do racismo, considerando-o como um fenômeno que produz divisões sociais que dão continuidade à lógica colonial fundadora da sociedade brasileira. Assim, o encarceramento revela-se uma poderosa ferramenta necropolítica, pois contribui para a produção da morte (material, simbólica ou social) dos sujeitos encarcerados.
Descargas
Citas
ALEXANDER, Michelle. A nova segregação: racismo e encarceramento em massa. São Paulo: Boitempo, 2018.
ANDRADE, Vera Regina Pereira de. A criminologia crítica na América Latina e no Brasil: em busca da utopia adormecida. In: LEAL, Jackson da Silva; FAGUNDES, Lucas Machado (org.). Direitos humanos na América Latina. Curitiba: Multideia, 2016.
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do Direito Penal. Rio de Janeiro: Revan, 2002. (Col. Pensamento Criminológico).
BENTO, Berenice. Necrobiopoder: quem pode habitar o Estado-nação? Cadernos Pagu [online], n. 53, jun. 2018, n.p. Disponível em: https://doi.org/10.1590/18094449201800530005. Acesso: 08 dez. 2021.
BORGES, Juliana. Encarceramento em massa. São Paulo: Pólen Livros, 2019. (Col. Feminismos Plurais).
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sisdepen: dados estatísticos do sistema penitenciário. jul./dez. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/depen/pt-br/servicos/sisdepen. Acesso em: 12 ago. 2022.
BUTLER, Judith. Precarious Life: the powers of mourning and violence. Nova York: Verso Books, 2004.
BUTLER, Judith. Notes towards a performative theory of assembly. Cambridge: Harvard University Press, 2015.
CARVALHO, Salo de. Pena e garantias. 3. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001.
FOUCAULT, Michel. Dits et écrits. Tome 1: 1954-1975. Paris: Gallimard, 2001.
FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
IBGE EDUCA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua): conheça o Brasil ‒ população
cor ou raça. 2021. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html. Acesso em: 17 nov. 2022.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte e Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, p. 123-151, dez. 2016.
SANTOS, Boaventura de Souza; MARTINS, Bruno Sena. O pluriverso dos direitos humanos: a diversidade das lutas pela dignidade. São Paulo: Autêntica, 2019.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2019.
TODO camburão tem um pouco de navio negreiro. Intérprete: O Rappa. Compositor: Marcelo Yuka. In: O Rappa. Rio de Janeiro: Warner Music, 1994. 1 CD, faixa 15.
WACQUANT, Loïc. Punir os pobres. Rio de Janeiro: Revan, 2003. (Col. Pensamento Criminológico).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los derechos de autor de los artículos publicados pertenecen al autor, pero con los derechos de la revista sobre la primera publicación y respetando el periodo de exclusividad de un año. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente esta revista como medio de la publicación original. Si no existe tal indicación, se considerará una situación de autoplagio.
Por tanto, la reproducción, total o parcial, de los artículos aquí publicados queda sujeta a la mención expresa del origen de su publicación en esta revista, citando el volumen y número de la misma. A efectos legales, deberá consignarse la fuente de la publicación original, así como el enlace DOI de referencia cruzada (si lo hubiera).