Justiça criminal negocial e “plea bargaining”: a fragilização do devido processo e a prevalência autoritária da racionalidade neoliberal eficientista

Visualizações: 51

Autores

  • Me. Marcelo Herval Macêdo Ribeiro Faculdade de Maceió - FAMA - Maceió/AL
  • Me. Marcos Eugênio Vieira Melo Faculdade Raimundo Marinho - FRM - Maceió/AL

Palavras-chave:

Processo penal, Justiça negocial, Eficientismo, Racionalidade neoliberal, Autoritarismo

Resumo

O presente artigo analisa o autoritarismo presente na racionalidade neoliberal lançada pelo eficienticismo que atinge os sistemas jurídicos contemporâneos. Fundado em uma matriz seletiva e punitivista, o sistema penal brasileiro embarcou nessa lógica racional, aumentando de forma exponencial instrumentos que têm como finalidade tornar mais simples e célere a resposta penal, como, por exemplo, a justiça negocial. Contudo, para que isso ocorra, o respeito às garantias fundamentais de um processo penal democrático tem que ser deixado para trás.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Me. Marcelo Herval Macêdo Ribeiro, Faculdade de Maceió - FAMA - Maceió/AL

Mestre em Direito Público pela Universidade Federal de Alagoas. Professor na Graduação em Direito da Faculdade Delmiro Gouveia (FDG/AL) e da Faculdade SEUNE em Maceió/AL. Advogado. Presidente da Comissão de Estudos Criminais da OAB/AL. Coordenador adjunto do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim) em Alagoas. Lattes CV:  http://lattes.cnpq.br/6062945502758177

Me. Marcos Eugênio Vieira Melo, Faculdade Raimundo Marinho - FRM - Maceió/AL

Doutorando em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), bolsista CAPES. Mestre em Ciências Criminais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, Bolsista CAPES. Professor da graduação e pós-graduação da Faculdade Raimundo Marinho em Maceió/AL (FRM) e Faculdade de Maceió (FAMA). Vice-Presidente da Comissão de Estudos Criminais da OAB/AL. Advogado. Lattes CV:  http://lattes.cnpq.br/6518709197337260

Referências

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975/1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 289.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Trad. Enio Paulo Giachini. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2017. p. 24-25.

Instituto Brasileiro de Ciências Criminais — IBCCRIM. O embrulho de Moro. São Paulo: Boletim IBCCRIM., ano 27, n. 318, p. 01-35, mai. 2019. Disponível em: <http://www.ibccrim.org.br/site/boletim/pdfs/Boletim318.pdf>. Acesso em: 09 mai. 2019.

LANGBEIN, John Harris. Tortura e plea bargaining. In: GLOECKNER, Ricardo Jacobsen. Sistemas processuais penais (org.). Florianópolis: Empório do Direito, 2017. p. 141. Grifos nossos.

MORAIS DA ROSA, Alexandre; FABRES DE CARVALHO, Thiago. Processo penal eficiente e ética da vingança: em busca de uma criminologia da não-violência. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 27 e 28.

SCHÜNEMANN, Bernd. Cuestiones básicas de la estrutura y reforma del procedimento penal bajo una perspectiva global. Revista de Derecho Penal y Criminología, v. 25, n. 76, p. 175-197, 2004.

VASCONCELLOS, Vinicius Gomes. Barganha e justiça criminal negocial: análise das tendências de expansão dos espaços de consenso no processo penal brasileiro. São Paulo: IBCCRIM. p. 176.

Downloads

Publicado

2023-12-05

Como Citar

Herval Macêdo Ribeiro, M., & Vieira Melo, M. E. (2023). Justiça criminal negocial e “plea bargaining”: a fragilização do devido processo e a prevalência autoritária da racionalidade neoliberal eficientista. Boletim IBCCRIM, 28(333), 9–11. Recuperado de https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/851

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)