Ilicitude da devassa

tratamento de dados pessoais de jurados em face dos princípios da convenção de Budapeste e do anteprojeto da LGPD-Penal no Brail

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Autores

  • Me. Rodrigo Oliveira de Camargo Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, Brasil.

Palavras-chave:

Tratamento de Dados Pessoais, Jurados, Ilicitude, Convenção de Budapeste, LGPD-Penal

Resumo

A partir do reconhecimento de nulidade por ofensa à paridade de armas em razão do tratamento de dados pessoais, pelo Ministério Público, de integrantes da lista de jurados no Caso Kiss, propõe-se a verificação da licitude dessa conduta em face dos princípios estabelecidos pela Convenção de Budapeste e pelo Anteprojeto da LGPD-Penal. Analisando os princípios e categorias de titulares de dados apontados pelos textos observados, foi possível encaminhar o entendimento de que, para além do reconhecimento de ofensa à paridade de armas operado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, a devassa de dados pessoais para a obtenção de informações para a formação do Conselho de Sentença não encontra amparo nos textos analisados, seja porque não se adequa aos princípios estabelecidos, seja em razão do fato de que a condição de jurado sequer constar na categoria de titulares de dados cuja norma autoriza o tratamento para fins de segurança pública e de investigação criminal.

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Biografia do Autor

Me. Rodrigo Oliveira de Camargo, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS, Brasil.

Doutorando e Mestre em Ciências Criminais pela PUCRS. Bolsista Capes. Coordenador Estadual adjunto do IBCCRIM no Estado do Rio Grande do Sul e no Estado de Santa Catarina. Professor de Direito Penal e Processo Penal.

Referências

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental na PET no RMS: 62.562 MT 2019/0374119-3, Rel. Min. Felix Fischer, T5 - Quinta Turma, Diário da Justiça Eletrônico, 15 abr. 2021.

MARTÍN, Joaquín Delgado. Judicial-Tech, el proceso digital y la transformación de la justicia: obtención, tratamiento y protección de datos en la justicia. Madrid: Wolters Kluwer. 2020.

ROSA, Alexandre Morais; SILVA, Viviani Ghizoni; MELO E SILVA, Philipe Benoni. Fishing expedition e encontro fortuito na busca e apreensão. Florianópolis: EMais, 2019.

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Publicado

2024-07-25

Como Citar

Oliveira de Camargo, R. (2024). Ilicitude da devassa: tratamento de dados pessoais de jurados em face dos princípios da convenção de Budapeste e do anteprojeto da LGPD-Penal no Brail. Boletim IBCCRIM, 30(359), 10–12. Recuperado de https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/1525

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