Sistema penal, colonialidades e a localização da magistratura no genocídio antinegro no Brasil

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Palavras-chave:

Branquitude, Colonialidades, Magistratura

Resumo

Através de revisão bibliográfica, busco dar destaque àquilo que considero como um “branco-tema”: a relação entre a atuação de juízes(as), racismo e sistema penal. Nesse sentido, epistemologias decoloniais podem localizar a magistratura como estrutura que, desde a sua fundação, representou os interesses das elites coloniais cisheteropatriarcais, burguesas e branco dominantes no país, trazendo às luzes como a branquitude informa suas práticas.

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Biografia do Autor

Dr. Luciana Costa Fernandes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ - Seropédica/RJ

Doutora do PPGD da PUC-Rio. Professora da UFRRJ. Lattes CV: http://lattes.cnpq.br/3551554985011228

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Publicado

2023-08-09

Como Citar

Costa Fernandes, D. L. (2023). Sistema penal, colonialidades e a localização da magistratura no genocídio antinegro no Brasil. Boletim IBCCRIM, 29(339), 24–26. Recuperado de https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/622

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