Delação premiada e imaginário punitivo

uma análise a partir do discurso midiático

Vistas: 17

Autores/as

  • Raphael Boldt Universität Hamburg

Palabras clave:

Delação Premiada, Imaginário Punitivo, Discurso Midiático, Lava Jato, Criminologia

Resumen

As representações simbólicas punitivas hegemônicas surgem das condições históricas concretas de uma comunidade política, atrelando-se não apenas às suas condições materiais de reprodução da vida social, mas também aos seus universos simbólicos (míticos, religiosos, culturais) que orientam práticas sociais específicas. Assim, o artigo analisa, desde a perspectiva criminológica, de que forma a articulação entre o discurso midiático e a Operação Lava Jato contribuíram para a naturalização da delação premiada no processo penal brasileiro e a conformação do imaginário punitivo contemporâneo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Raphael Boldt, Universität Hamburg

Pós-Doutorado em Criminologia pela Universität Hamburg (bolsa DAAD). Doutor e Mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV), com estágio doutoral na Johann Wolfgang Goethe-Universität (Frankfurt am Main). Professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação na FDV. Advogado.

Citas

ANDRADE, Eliane Righi de. A apropriação do discurso da Lava Jato pela mídia: a formação de arquivos de memória sobre o evento e seus personagens principais. Polifonia, Cuiabá, v. 25, n. 37.1, p. 01-170, jan./abr. 2018.

BENEVIDES, Carolina; FERNANDES, Letícia. Delações em série: com 12 acordos fechados, Lava-Jato tem colaboração recorde. O Globo, Brasil, 21 dez. 2014. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/delacoes-em-serie-com-12-acordos-fechados-lava-jato-tem-colaboracao-recorde-14888671. Acesso em: 07 jul. 2021.

BOLDT, Raphael. Processo penal e catástrofe: entre as ilusões da razão punitiva e as imagens utópicas abolicionistas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.

CARVALHO, Thiago Fabres de. Criminologia, (In)visibilidade, Reconhecimento. O controle penal da subcidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Revan, 2014.

DALLAGNOL, Deltan. As luzes da delação premiada. Época, 04 jul. 2015. Disponível em: https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/07/luzes-da-delacao-premiada.html. Acesso em: 07 jul. 2021.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 1999.

OST, François. O Tempo do Direito. Trad. Maria Fernanda Oliveira. Lisboa : Instituto Piaget, 2002.

PAVARINI, Massimo. Control y Dominación: teorías criminológicas burguesas y proyecto hegemónico. Madrid: Siglo Veinteuno, 1999.

SANCTIS, Fausto de. “Opor-se à delação premiada é repelir a Justiça”, Época, 03 jul. 2015. Disponível em: https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/07/fausto-de-sanctis-opor-se-delacao-premiada-e-repelir-justica.html. Acesso em: 07 jul. 2021.

SUTHERLAND, Edwin H. White collar crime — the uncut version. New Haven: Yale University Press, 1983.

Publicado

2024-07-11

Cómo citar

Boldt, R. (2024). Delação premiada e imaginário punitivo: uma análise a partir do discurso midiático. Boletim IBCCRIM, 29(345), 27–28. Recuperado a partir de https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/1349