Um velho novo tema: a (im)possibilidade de o juiz condenar quando o Ministério Público requer a absolvição
Vistas: 1DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14947149Palabras clave:
sistema acusatório, ação penal, pretensão processualResumen
Desde a Constituição de 1988, separadas estão as funções de acusar e de julgar o caso penal (art. 129, I). Com o advento da Lei n. 13.964/2019, o legislador expressamente atribuiu ao direito processual penal a estrutura acusatória, com o propósito de vedar a substituição do órgão de acusação pelo magistrado, retirando, deste último, poderes ex officio, como, v.g., para deflagrar a ação penal, decretar medidas cautelares e produzir provas. Nesse contexto, debate-se acerca da (in)compatibilidade do art. 385 do CPP, que permite ao juiz condenar mesmo nos casos em que o Ministério Público opina pela absolvição, com a Constituição e a estrutura acusatória. O artigo explora a problemática, indicando os argumentos favoráveis à validade do dispositivo em questão, bem como os argumentos que o reputam incompatível com o processo penal acusatório. Por fim, o artigo propõe uma solução interpretativa para o art. 385 do CPP.
Descargas
Citas
BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo penal. 11. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2023.
BRASIL. Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Rio de Janeiro: Presidência da República, 1941. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Acesso em: 7 nov. 2024.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília: Presidência da República, 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 7 nov. 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 1.122. Tribunal Pleno. Relator: Min. Edson Fachin, 2024. Acesso aos autos disponível em: https://redir.stf.jus.br/estfvisualizadorpub/jsp/consultarprocessoeletronico/ConsultarProcessoEletronico.jsf?seqobjetoincidente=6836164. Acesso em: 2 nov. 2024.
CHOUKR, Fauzi Hassan. Código de processo penal: comentários consolidados e crítica jurisprudencial. São Paulo: Saraiva, 2014.
COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. Sistema acusatório: cada parte no lugar constitucionalmente demarcado. Revista de Informação Legislativa, Brasília, v. 46, n. 183, p. 103-115, jul./set. 2009. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/194935. Acesso em: 2 nov. 2024.
DEMERCIAN, Pedro Henrique; TORRES, Tiago Caruso. A constitucionalidade do artigo 385 do Código de Processo Penal. Revista Jurídica da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 117-137, 2017. Disponível em: https://es.mpsp.mp.br/revista_esmp/index.php/RJESMPSP/article/view/347. Acesso em: 18 set. 2024.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 13. ed. Salvador: JusPodivm, 2024.
LOPES JR., Aury. Direito processual penal. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2024.
MARCÃO, Renato. Curso de processo penal. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado. 23. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2024.
PACELLI, Eugênio; FISCHER, Douglas. Comentários ao Código de Processo Penal e sua Jurisprudência. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 30. ed. Barueri: Atlas, 2023.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Me. Marcos Afonso Johner

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados pertenecen al autor, pero con los derechos de la revista sobre la primera publicación y respetando el periodo de exclusividad de un año. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente esta revista como medio de la publicación original. Si no existe tal indicación, se considerará una situación de autoplagio.
Por tanto, la reproducción, total o parcial, de los artículos aquí publicados queda sujeta a la mención expresa del origen de su publicación en esta revista, citando el volumen y número de la misma. A efectos legales, deberá consignarse la fuente de la publicación original, así como el enlace DOI de referencia cruzada (si lo hubiera).