Terrorismo e crime organizado no direito brasileiro:

limites conceituais e repercussões internacionais

Visualizações: 0

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.16943605

Palavras-chave:

Crime organizado, Criminologia, Derecho internacional, Direito penal, Terrorismo

Resumo

Este artigo analisa os limites conceituais e jurídicos entre crime organizado e terrorismo, a partir de referenciais da criminologia e do Direito brasileiro. Sustenta-se que essas categorias apresentam motivações, estruturas e finalidades distintas, razão pela qual exigem respostas estatais específicas e diferenciadas. O trabalho examina os marcos legais nacionais e internacionais que regulam cada fenômeno, identificando os riscos decorrentes da expansão indevida do conceito de terrorismo para abranger facções criminosas. Por fim, discute-se o impacto de classificações unilaterais sobre a soberania, a cooperação jurídica internacional e a coerência das políticas públicas de segurança.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publication Facts

Metric
This article
Other articles
Peer reviewers 
2
2.4

Reviewer profiles  Indisp.

Author statements

Author statements
This article
Other articles
Data availability 
N/A
16%
External funding 
Indisp.
32%
Competing interests 
Indisp.
11%
Metric
This journal
Other journals
Articles accepted 
12%
33%
Days to publication 
98
145

Indexed in

Editor & editorial board
profiles
Publisher 
IBCCRIM

Biografia do Autor

Prof. Dr. David Pimentel Barbosa de Siena, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, USCS, Brasil

Doutor e Mestre em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC (UFABC). Professor de Criminologia, Direito Penal e Direito Processual Penal da Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” (Acadepol) e da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Delegado de Polícia do Estado de São Paulo.

Referências

AMBOS, Kai. Judicial creativity at the Special Tribunal for Lebanon: is there a crime of terrorism under international law? Leiden Journal of International Law, Cambridge, v. 24, n. 3, p. 655-675, 2011. https://doi.org/10.1017/S0922156511000215

BORBA, Pedro; CEPIK, Marco Aurélio Chaves. Crime organizado, Estado e segurança internacional. Contexto Internacional, v. 33, n. 2, p. 375-405, jul./dez. 2011: https://doi.org/10.1590/S0102-85292011000200005

BRASIL. Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2013. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm. Acesso em: 19 ago. 2025.

BRASIL. Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016. Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e reformulando o conceito de organização terrorista; e altera as Leis n º 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e 12.850, de 2 de agosto de 2013. Brasília: Presidência da República, 2016. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13260.htm. Acesso em: 19 ago. 2025.

CILLUFFO, Frank. The threat posed from the convergence of organized crime, drug trafficking, and terrorism. Testimony before the U.S. House Committee on the Judiciary, Subcommittee on Crime. Washington, D.C., 13 dez. 2000. Disponível em: https://commdocs.house.gov/committees/judiciary/hju68324.000/hju68324_0f.htm. Acesso em: 18 ago. 2025.

CONGRESSIONAL RESEARCH SERVICE. Brazil: Organized Crime and U.S. Policy Concerns. Washington, D.C.: U.S. Library of Congress, 2025. Disponível em: https://www.congress.gov/crs_external_products/R/PDF/R46236/R46236.10.pdf. Acesso em: 19 ago. 2025.

FERNANDES, Antônio Scarance; ZILLI, Marcos (org.). Terrorismo e justiça: os impactos do terrorismo na comunidade internacional e no Brasil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.

GANOR, Boaz. Defining terrorism: is one man’s terrorist another man’s freedom fighter? Police Practice and Research, v. 3, n. 4, p. 287-304, 2002. https://doi.org/10.1080/1561426022000032060

HOFFMAN, Bruce. Inside terrorism. 2. ed. New York: Columbia University Press, 2006.

LAQUEUR, Walter. The new terrorism: fanaticism and the arms of mass destruction. New York: Oxford University Press, 1999.

MAKARENKO, Tamara. The crime–terror continuum: tracing the interplay between transnational organized crime and terrorism. Global Crime, Abingdon, v. 6, n. 1, p. 129-145, 2004. http://doi.org/10.1080/1744057042000297025

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (Convenção de Palermo). Palermo: ONU, 2000. Disponível em: https://concordia.itamaraty.gov.br/detalhamento-acordo/10895. Acesso em: 18 ago. 2025.

SCHMID, Alex P. The Routledge Handbook of Terrorism Research. London: Routledge, 2011.

SHELLEY, Louise I. Dirty entanglements: corruption, crime, and terrorism. New York: Cambridge University Press, 2014.

UNIÃO EUROPEIA. Conselho da União Europeia. Decisão-Quadro 2002/475/JAI, de 13 de junho de 2002, relativa à luta contra o terrorismo. Jornal Oficial da União Europeia, L 164, p. 3–7 , 22 jun. 2002. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32002F0475. Acesso em: 19 ago. 2025.

UNITED STATES OF AMERICA. Department of State. Country Reports on Terrorism 2019. Washington, DC: U.S. Department of State, 2019. Disponível em: https://www.state.gov/reports/country-reports-on-terrorism-2019/. Acesso em: 19 ago. 2025.

Downloads

Publicado

28-08-2025

Como Citar

SIENA, D. P. B. de. Terrorismo e crime organizado no direito brasileiro:: limites conceituais e repercussões internacionais. Boletim IBCCRIM, São Paulo, v. 33, n. 394, p. 11–14, 2025. DOI: 10.5281/zenodo.16943605. Disponível em: https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/2139. Acesso em: 25 set. 2025.

Métricas